O Banco Mundial aprovou US$ 311 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão) em financiamento da Associação Internacional de Desenvolvimento para facilitar o aprimoramento da geração de energia renovável conectada à rede na África Ocidental. A nova iniciativa foi batizada de Projeto Regional de Intervenção Emergencial de Energia Solar (RESPITE, na sigla em inglês).
Segundo o Banco Mundial, os beneficiários do financiamento são Chade, Libéria, Serra Leoa e Togo. O projeto oferece uma doação de US$ 20 milhões (cerca de R$ 103,2 milhões) destinada a impulsionar o comércio local de energia e reforçar os aspectos institucionais e técnicos no Grupo de Energia da África Ocidental.
"O principal objetivo do RESPITE é aumentar rapidamente a capacidade de energia renovável conectada à rede e fortalecer a integração regional nos países participantes", afirmou o Banco Mundial.
Os recursos vão ser direcionados para a instalação e operação de quase 106 megawatts de painéis solares fotovoltaicos com energia de baterias e sistemas de armazenamento, 41 megawatts de expansão da capacidade hidrelétrica e devem facilitar a distribuição de eletricidade em toda a região.
O projeto é especialmente pensado para resolver os problemas de energia gritantes da África Ocidental, já que a região tem uma das taxas de eletrificação mais baixas e experimenta preços extremamente altos de eletricidade. Além disso, a alta de preços do petróleo aumentou a pressão financeira sobre as empresas de serviços públicos. O Banco Mundial destacou que os países estão à beira de uma crise aguda de fornecimento de energia, que posteriormente pode afetar seu desempenho econômico.
Segundo a diretora do Banco Mundial para a Integração Regional para a África Subsaariana, Oriente Médio e Norte de África, Boutheina Guermazi, é esperado que o projeto promova a integração regional, para além de melhorar a capacidade de financiamento do abastecimento de eletricidade na região.
"O RESPITE oferece benefícios que ultrapassam as fronteiras dos países e complementa os esforços de integração regional existentes no setor de energia envolvendo todos os Estados-membros da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)", disse ela, acrescentando que "ele [o projeto] fornece economias de escala, aumenta o potencial para o comércio regional por meio de investimentos em infraestrutura de transmissão e geração para integrar os mercados fisicamente e desenvolve o bem público regional ao facilitar o compartilhamento de conhecimento e a capacitação".
O Banco Mundial observou que o novo projeto faz parte dos esforços da organização para enfrentar a crise energética na África Ocidental e promover a geração de energia renovável na região.