O Pentágono quer desenvolver uma aeronave elétrica em meio a uma guerra tecnológica com a China, informou na sexta-feira (23) a revista norte-americana Forbes.
Ela nota que o fabricante de drones chinês DJI tem atualmente uma proporção do mercado global de 74%, e o Departamento de Defesa dos EUA está preocupado com um cenário em que seus drones se tornem "uma ferramenta para a espionagem chinesa nos céus dos EUA".
Segundo reza a Forbes, o programa Agility Prime dirigido por Will Roper, da Força Aérea dos EUA, recebeu do Pentágono mais de US$ 100 milhões (R$ 516,8 milhões) em veículos "de decolagem e aterrissagem verticais elétricos" (eVTOL, na sigla em inglês), movidos a bateria.
O Pentágono planejaria assim usar modelos de aviões elétricos desenvolvidos por empresas como taxis aéreos e aviões de transporte para transportar pessoas e cargo com custos mais baixos do que os de helicópteros convencionais.
"Por serem silenciosos, eles também podem ser úteis para colocar tropas atrás das linhas inimigas e para conduzir operações de resgate", disse a revista, com Roper acrescentando que o "envolvimento da Força Aérea dos EUA atesta que estes são aviões reais, não brinquedos, não carros voadores".
Ele disse que a passagem para uma aeronave seria um grande marco no Pentágono, pois várias empresas participantes do programa Agility Prime acreditam que os militares começarão a adquirir eVTOL em 2024.
"O maior impacto do Agility Prime é que este é um mercado emergente que provavelmente valerá muito em termos de seu valor, em termos de empregos criados, em termos de impacto global. Será um mercado com um código postal dos EUA", prevê Roper.