Panorama internacional

EUA não devem espetar faca na China enquanto falam de diálogo, diz Pequim

A chancelaria da China criticou o comportamento dos EUA, que diz tentarem parecer amistosos e ao mesmo tempo que minam e tentam impedir a ascensão do país asiático.
Sputnik
Os EUA não devem espetar uma faca na China ao mesmo tempo que discutem os termos de cooperação com ela, avaliou o Ministério das Relações Exteriores chinês.
Na sexta-feira (23) Wang Yi, chanceler chinês, falou com Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, para discutir as relações bilaterais após a reunião em novembro em Bali, Indonésia, dos líderes chineses e americanos, Xi Jinping e Joe Biden, respectivamente.
A chancelaria do país asiático disse que, embora o acordo bilateral entre os dois chefes de Estado envie uma mensagem positiva à comunidade internacional, "devemos notar que os EUA não podem entrar em conflito enquanto buscam o diálogo, ou espetar a faca enquanto discutem a cooperação".
"Não se trata de concorrência razoável, mas de repressão irracional, não se trata de controle de diferenças, mas de escalar os conflitos. Na verdade, ainda é a velha rotina de intimidação unilateral. Isto não funcionou na China no passado e não funcionará no futuro", acrescentou ele.
O Ministério das Relações Exteriores da China sublinhou que Pequim manterá a defesa de sua soberania, segurança e desenvolvimento, apelando a Washington para que aborde as preocupações do líder asiático em vez de asfixiar seu desenvolvimento e desafiar seus limites.
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Enquanto isso, Blinken disse que Washington está disposto a discutir com Pequim os princípios da relação bilateral, de forma a alcançar uma cooperação que seja benéfica para os interesses comuns das duas partes. O alto responsável também observou que a posição de Washington sobre Taiwan é de apoiar o princípio de Uma Só China.
De acordo com Pequim, a conversa entre Wang e Blinken também abordou o conflito na Ucrânia. O governo chinês argumentou que está do lado da paz, da Carta da ONU e do desejo da comunidade internacional em chegar a acordos através do diálogo, enquanto o Departamento de Estado americano disse que Blinken expressou preocupação com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia devido à sua ameaça à segurança global e à estabilidade econômica.
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