O presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, sugeriu que o país poderia vender sua capacidade excedente de eletricidade para a Europa e também está planejando a construção de um duto submarino de 270 quilômetros que ligaria a Argélia à Itália, segundo a mídia.
O país do Magreb também pretende quase dobrar suas exportações de gás para aproximadamente 100 bilhões de metros cúbicos, ante 56 bilhões de metros cúbicos neste ano.
No final de outubro, a empresa estatal de petróleo da Argélia, Sonatrach, revelou que havia assinado contratos no valor total de US$ 600 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) com empresas italianas. Os acordos dizem respeito à produção e transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP).
A Sonatrach declarou que uma usina de GLP está planejada para ser concluída em três anos, segundo um acordo de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) com a empresa italiana Tecnimont. A produção esperada da usina é de "10 milhões de metros cúbicos padrão por dia de gás associado proveniente das instalações existentes".
A UE vê o gás argelino como uma alternativa às importações da Rússia. Tebboune disse que seu Estado vai desenvolver ainda mais os laços com a Europa, bem como com outras regiões do mundo. Ele também expressou esperança de que a Argélia se junte ao BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no próximo ano, observando que China, Rússia e África do Sul apoiam a adesão do país do norte da África.
"Espero que o ano de 2023 culmine com a nossa entrada no grupo BRICS, mas isso exige que continuemos o investimento e o desenvolvimento humano, aumentemos o volume das exportações e elevemos o produto interno bruto [PIB] anual para US$ 200 bilhões [cerca de R$ 1 trilhão]", disse o presidente.
A Argélia se inscreveu oficialmente para ingressar no BRICS em novembro. De acordo com o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, Moscou saúda o objetivo da Argélia de se tornar parte do bloco.