Panorama internacional

Primeiro-ministro da Hungria diz que 'paz na Ucrânia depende de Washington'

Kiev só pode continuar lutando contra a Rússia enquanto ela obtiver armas americanas, diz o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán.
Sputnik
As perspectivas de acabar com o conflito ucraniano estão nas mãos dos EUA, que é o principal apoiador de Kiev, disse o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
"A Ucrânia só pode lutar enquanto os EUA a apoiarem com dinheiro e armas", insistiu Orbán em entrevista ao jornal Magyar Nemzet neste sábado (24). "Se os americanos quiserem paz, haverá paz", enfatizou o líder político.
Desde que a operação militar especial russa na Ucrânia se iniciou no final de fevereiro, Washington forneceu a Kiev bilhões de dólares em assistência militar e financeira, bem como inteligência militar. As entregas de ajuda letal incluíram hardware sofisticado, como lançadores de foguetes HIMARS, obuseiros M777 e drones de combate. Foi recentemente anunciado que os militares ucranianos também vão receber sistemas de defesa aérea Patriot.
Operação militar especial russa
Viktor Orbán: 'Não facilitaremos a integração internacional da Ucrânia'
No início desta semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, deu as boas-vindas ao seu colega ucraniano, Vladimir Zelensky, à Casa Branca e prometeu: "ficaremos com você pelo tempo que for necessário".
A Rússia vem insistindo que uma "guerra por procuração" está realmente sendo travada contra ela na Ucrânia pelos EUA e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Orbán também foi questionado sobre como ele se sentia sobre a Hungria ser rotulada de "pró-Rússia" na União Europeia (UE) por causa de sua contínua cooperação econômica com a Rússia, críticas às sanções antirrussas do bloco e relutância em enviar armas para Kiev.
"Somos pró-húngaros. Estamos do lado dos húngaros na guerra russo-ucraniana", respondeu o primeiro-ministro.
Budapeste quer que a Ucrânia permaneça soberana e que a Rússia não represente uma ameaça para a Europa, mas acredita que cortar todos os laços econômicos com Moscou vai contra os interesses do país, explicou.
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