"Obviamente que Kiev não está pronta para o diálogo. Apresentando vários tipos de ideias e 'fórmulas de paz', Zelensky mantém a ilusão de conseguir, com a ajuda do Ocidente, a retirada de nossas tropas do território russo de Donbass, Crimeia, Zaporozhie e Kherson, o pagamento das reparações pela Rússia, as 'confissões nos tribunais internacionais' e assim por diante. Evidentemente que não vamos falar com ninguém nessas condições", disse Lavrov.
Ele acrescentou que Moscou não rejeita a ideia de uma solução diplomática para o conflito.
"Vou recordar que imediatamente após o início da operação militar especial, de Vladimir Zelensky proveio a iniciativa de sentar-se à mesa de negociações. Não a rejeitamos e concordamos em nos reunir com os seus representantes. Várias rodadas de negociações mostraram que é possível encontrar acordos mutuamente aceitáveis. No entanto, o processo de negociação, que começou em fevereiro, demonstrou total dependência de Zelensky na tomada de decisões importantes. Já em abril, por instigação dos anglo-saxões interessados na continuação das hostilidades, ele rapidamente cessou as negociações e endureceu drasticamente seu posicionamento", explicou o ministro.
Segundo Lavrov, é difícil dizer se ainda há políticos adequados na Ucrânia.
"É difícil dizer se ainda há políticos adequados nos territórios controlados pelo regime de Kiev, especialmente tendo em conta a prática generalizada de supressão de pontos de vista diferentes e repressões extrajudiciais dos discordantes. Pode uma figura política adequada aparecer em Kiev mais tarde? Veremos", concluiu o chanceler russo.