Mais de três mil civis foram encontrados mortos em Mariupol após militantes ucranianos se retiraram da cidade, informou na sexta-feira (30) o serviço de imprensa do Comitê de Investigação da Rússia à Sputnik.
Conforme a investigação, quando os militares russos organizavam corredores humanitários através do Setor A, um dos setores em que a cidade foi dividida pelas tropas ucranianas, os combatentes da Guarda Nacional da Ucrânia "criaram artificialmente obstáculos para a evacuação da cidade".
"Incapazes de deixar a cidade e de se deslocar em busca de sustento, os civis viraram alvo vivo para os punidores ucranianos, que executaram seus assassinatos com vários tipos de armas", disse o Comitê de Investigação.
"Por exemplo, somente em abril, foram encontrados cadáveres de 51 civis nas posições abandonadas pelas tropas ucranianas, e após a cidade ser totalmente libertada e inspecionada, seu número excedeu 3.000", acrescentou.
A organização propôs a criação de um banco de dados de DNA das pessoas mortas na cidade, devido às dificuldades em estabelecer sua identidade. Ela apontou que o resultado do trabalho dos investigadores "demonstra claramente" o envolvimento das Forças Armadas ucranianas na morte dos civis, mas "não permite identificar a identidade dos mortos".
"Neste contexto, foi proposto organizar o trabalho de formação de um banco de dados de DNA das pessoas mortas em Mariupol, para o utilizar na solução das tarefas definidas para a investigação, e também para permitir que os familiares saibam o destino de seus entes queridos classificados como desaparecidos", relatou o Comitê de Investigação da Rússia.