Deputados da oposição venezuelana aprovaram, nesta sexta-feira (30), o fim do governo interino de Juan Guaidó. A votação foi realizada em sessão virtual extraordinária da Assembleia Nacional, eleita em 2015.
A proposta para encerrar o governo interino foi aprovada por 72 votos a favor, 29 votos contra e oito abstenções, após quatro horas de debate.
A votação havia sido adiada para o dia 3 de janeiro de 2023, mas foi antecipada para esta sexta-feira, devido à pressão de dirigentes das legendas que apresentaram a proposta.
Em 22 de dezembro, os parlamentares haviam aprovado o debate sobre a proposta de eliminação do governo interino. A proposta foi apresentada pelos partidos de oposição Primeiro Justiça, Ação Democrática, Um Novo Tempo e Movimento para a Venezuela, legendas que eram a base de apoio de Guaidó.
Na votação, os integrantes das legendas argumentaram que o governo Guaidó deveria ser eliminado por perdido força e não ter cumprido com suas promessas.
Na votação foi acertado que as funções do governo interino passarão à Assembleia Nacional, que será responsável por gerir as reuniões ad hoc da Petróleos de Venezuela SA (PDVSA) Holding, na empresa Citgo, com sede nos Estados Unidos, do Banco Central da Venezuela (BCV) sobre questões correlatas à proteção dos ativos da Venezuela bloqueados no exterior.
Além disso, foi acertada a criação de uma comissão executiva para representar a defesa de ativos venezuelanos no exterior.
Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela em 2019, com o apoio do governo dos Estados Unidos.
Além disso, foi acertada a criação de uma comissão executiva para representar a defesa de ativos venezuelanos no exterior.
Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela em 2019, com o apoio do governo dos Estados Unidos.