Na mensagem, o vice-presidente criticou o que chamou de "lideranças que deveriam tranquilizar a nação", mas que acabaram contribuindo para um "clima de caos".
"Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e desagregação social", disse ele.
Em seguida, acrescentou que, "de forma irresponsável, deixaram com que as Forças Armadas, de todos os brasileiros, pagassem a conta, para alguns, por inação, e, para outros, por fomentar um pretenso golpe".
Em seu discurso, Mourão defendeu que "a alternância do poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada."
"Destaco que a partir do dia 1º de janeiro de 2023 mudaremos de governo, mas não de regime. Manteremos nosso caráter democrático, com poderes equilibrados e harmônicos", disse ele.
O presidente em exercício pediu que a população retome "normalidade da vida, aos nossos afazeres e ao concerto de nossos lares, com fé e com a certeza de que nossos representantes eleitos farão dura oposição ao projeto progressista do governo de turno, sem, contudo, promover oposição ao Brasil", concluiu.
Jair Bolsonaro entrará para a história amanhã (1º) como o primeiro chefe da nação a se recusar a passar a faixa presidencial ao próximo chefe do Executivo em quase quatro décadas. Mourão também já afirmou publicamente que não cumprirá o rito de passagem.
Bolsonaro embarcou em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para Orlando, na Flórida, nos EUA. Sua família está hospedada na casa do ex-lutador de MMA José Aldo. num condomínio de luxo na cidade americana.