Após vários anos em crise, a Venezuela consolidou sua posição como um dos países com maior crescimento econômico da América Latina em 2022, uma conquista que se materializou apesar das centenas de sanções contra ela, constatou um especialista em entrevista à Sputnik.
"Apesar de [a nação] estar bloqueada econômica, financeira e comercialmente, e em meio a uma pandemia, conseguimos mesmo reconstruir as forças produtivas, dando lugar a um novo modelo pós-renascimento", disse Elio Córdova, economista e acadêmico na Universidade Central da Venezuela.
Segundo ele, o país caribenho termina o ano com um "saldo positivo", apesar do fato de que "a grande maioria dos especialistas e analistas econômicos estavam prevendo um cenário negativo para a nação".
Córdova acredita que este ressurgimento da economia venezuelana se deve às políticas que o governo de Nicolás Maduro vem desenvolvendo.
As estimativas das organizações internacionais sobre o crescimento da economia venezuelana em 2022 variam de 5% a 20%.
De acordo com o último relatório da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), este cenário acompanhará a Venezuela até 2023. A organização estima que o país sul-americano terá um aumento de 5% no seu PIB.
Na opinião do acadêmico, a principal dificuldade em 2023 será manter o crescimento, pelo que será necessário prestar atenção aos setores afetados pela pandemia da COVID-19, e superar os obstáculos criados pelas sanções ocidentais à Venezuela.