O general Hamilton Mourão fez um discurso à nação ontem (31) em um breve momento em que se tornou presidente da República em exercício, após Jair Bolsonaro (PL) viajar, na última sexta-feira (30), para Orlando, nos Estados Unidos.
Sem citar o nome de Bolsonaro, no discurso Mourão criticou "lideranças" que, "com o silêncio", deixaram para as Forças Armadas pagarem a "conta".
"Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social. E de forma irresponsável deixasse que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta. Para alguns, por inação, e para outros por fomentar um pretenso golpe [...]", afirmou Mourão.
Hoje (1º), os parlamentares e filhos do ex-presidente, Carlos e Eduardo Bolsonaro, reagiram à fala do general e agora ex-vice-presidente.
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) disse que não esperava menos "desse que sempre soube que era um bosta".
Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), postou uma foto de emoji de cocô e afirmou que "máscaras caem", ao mesmo tempo que aconselhou aos mais jovens não deixarem que o "ego e o poder os ceguem".
Mourão e a família Bolsonaro nunca se deram muito bem desde que chegaram a Brasília, com o general sendo excluído de reuniões e decisões tomadas pelo governo federal. Tal fato ficou tão notótio que a mídia brasileira chegou a dizer que Bolsonaro e Mourão estavam vivendo um "casamento de fachada", visto que em 2021 tiveram apenas duas reuniões.