Panorama internacional

Coreia do Sul, EUA e Japão dizem que 'provocações' da Coreia do Norte vão aprofundar seu isolamento

Diplomatas seniores da Coreia do Sul, dos Estados Unidos e do Japão realizaram consultas telefônicas em três vias, condenando o primeiro lançamento de míssil de 2023 de Pyongyang, alertando que tais "provocações" vão levar o país a um isolamento ainda maior, disse o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul neste domingo (1º).
Sputnik
No sábado (31), a Coreia do Norte disparou três mísseis balísticos de curto alcance em direção ao mar do Japão. Os mísseis foram lançados do condado de Chunghwa, na província norte-coreana de Hwanghae, por volta das 08h00 (horário local), no sábado, disse a Yonhap, citando o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS). Neste domingo, a Coreia do Norte lançou outro míssil balístico de curto alcance, o primeiro a ser testado por Pyongyang em 2023.
O representante especial para Assuntos de Paz e Segurança da península Coreana, Kim Gunn, falou por telefone com o representante especial dos EUA para a Coreia do Norte, Sung Kim, e o diretor geral do Ministério de Relações Exteriores do Japão para o Departamento de Assuntos da Ásia e Oceania, Funakoshi Takehiro.
Eles "condenaram veementemente" o lançamento de testes da Coreia do Norte neste domingo e enfatizaram que "a única maneira de a Coreia do Norte aliviar o sofrimento de seu povo em meio a condições econômicas extremas" é abster-se de provocações, retornar ao diálogo e redirecionar os recursos estatais do desenvolvimento de mísseis para a melhoria bem-estar público.
"Em conexão com a declaração da Coreia do Norte de que continuará suas provocações este ano, os três países enfatizaram que as provocações da Coreia do Norte aprofundarão seu isolamento e enfrentarão uma maior prontidão de defesa da coalizão EUA-Coreia do Sul, cooperação de segurança entre os EUA, Coreia do Sul e Japão, e uma resposta unida e resoluta da comunidade internacional", afirmou o ministério em comunicado.
Panorama internacional
Kim Jong-un ordena reforço de arsenal nuclear e acusa EUA de criarem 'versão asiática da OTAN'
Os altos diplomatas observaram que as medidas anunciadas por Pyongyang para aumentar as capacidades de autodefesa eram "absurdas" e só piorariam a situação.
A Coreia do Sul deve promover "inabalavelmente" seus esforços para retornar ao diálogo com o Norte, disse o enviado do país, acrescentando que Washington e Tóquio reafirmaram seu "forte apoio" a isso.
No início do dia, o líder norte-coreano Kim Jong-un disse que os EUA, sob o pretexto de fortalecer a cooperação com a Coreia do Sul e o Japão, estavam criando uma "versão asiática da OTAN". Ele também ordenou o desenvolvimento de um novo sistema de mísseis balísticos intercontinentais capaz de conduzir um rápido ataque nuclear de retaliação.
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