Panorama internacional

'EUA deliberadamente enganam a opinião pública': China critica 'intrusão' de avião norte-americano

Pequim condenou a resposta de Washington a um incidente com aviões chineses e norte-americanos no mar do Sul da China, com os EUA acusando a China de dificultar o voo de um avião de reconhecimento.
Sputnik
Um avião militar dos EUA envolvido em um confronto com aeronaves chinesas em águas disputadas do mar do Sul da China na semana passada violou o direito internacional e colocou em risco a segurança dos pilotos chineses, disse um responsável da defesa da China, citado no domingo (1º) pela agência britânica Reuters.
O Comando do Indopacífico dos EUA disse na quinta-feira (29) que um caça J-11 da Marinha da China chegou a estar a menos de três metros de uma aeronave de reconhecimento RC-135 da Força Aérea do país norte-americano em 21 de dezembro, o que a teria forçado a fazer manobras evasivas para evitar uma colisão.
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Caça chinês intercepta avião espião dos EUA sobre mar do Sul da China (VÍDEO)
Tian Junli, porta-voz do Comando do Teatro do Sul da China, contestou esse relato, afirmando no sábado (30) que o avião dos EUA violou a lei internacional, ignorou as repetidas advertências da China e fez abordagens perigosas que ameaçavam a segurança das aeronaves da China.
"Os Estados Unidos deliberadamente enganam a opinião pública [...] em uma tentativa de confundir a audiência internacional", disse Tian sobre o incidente nas disputadas Ilhas Paracel.
As tensões sino-americanas têm subido ao longo dos anos, particularmente desde a administração americana de Donald Trump (2017-2021), que promoveu uma guerra comercial com Pequim, culpou a China pela disseminação da COVID-19, impôs sanções e restrições contra empresas de tecnologia chinesas, apoiou Taiwan, e criticou alegadas violações de direitos humanos nas regiões autônomas de Hong Kong e Xinjiang. O atual presidente Joe Biden tem continuado e expandido essa política.
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