Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, declarou no domingo (1º) a importância de fortalecer as capacidades de autodefesa de Pyongyang em meio a sérios desafios externos e ao estado atual das relações intercoreanas.
Ele disse que as forças nucleares da Coreia do Norte realizariam uma "segunda missão que não seria para defesa", no caso de uma ameaça ao país, e ordenou o desenvolvimento de um novo sistema de mísseis balísticos intercontinentais para realizar um rápido ataque de retaliação nuclear.
O líder norte-coreano Kim Jong-un acusou os EUA, sob o pretexto de reforçarem a cooperação com a Coreia do Sul e o Japão, de estarem criando uma "versão asiática da OTAN".
"Em 2022, os EUA implantaram por diversas vezes vários meios de ataque nuclear na Coreia do Sul, em regime permanente, aumentando ao máximo o nível de pressão militar sobre a RPDC [República Popular Democrática da Coreia]", apontou durante uma reunião plenária do Partido dos Trabalhadores da Coreia.
"[...] Ao mesmo tempo, [os Estados Unidos] estão impulsionando a realização de uma cooperação triangular com o Japão e a Coreia do Sul em uma escala completa, ao mesmo tempo em que trabalham duro para estabelecer um novo bloco militar, uma versão asiática da OTAN, a coberto do 'estreitamento da aliança'", advertiu Kim Jong-un.
O alto responsável qualificou a atual situação geopolítica de "nova Guerra Fria".