Além de indicar nova aproximação com os vizinhos, Lula participará da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), maior fórum da América Latina. Esta será sua primeira viagem internacional. A cúpula havia sido abandonada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O presidente dedicou seu primeiro dia de governo a reuniões com chefes de Estado e representações estrangeiras que compareceram à cerimônia de posse, no domingo (1º). Segundo a agenda oficial do governo, ao menos 17 encontros estavam programados.
"Argentina e Brasil são dois países indissoluvelmente unidos, e nenhum momento político pode perturbar isso", disse Fernández à imprensa, após a reunião, conforme publicou o site Metrópoles.
O presidente argentino afirmou que Lula é um "líder regional" e que seu governo representa o fortalecimento dos laços entre os dois países e o retorno do Brasil à mesa de diálogo com os vizinhos sul-americanos.
Fernández também ressaltou que os últimos quatro anos, sob o governo de Bolsonaro, não foram de normalidade nas relações entre as duas nações, mas que esse momento está superado.
"Pessoalmente acredito que o presidente Lula é um líder regional que vai dar um impulso para a América Latina muito importante, e sua presença no Brasil é a volta do país a todos os fóruns internacionais", completou.
Além de Fernández, Lula se reuniu, na manhã desta segunda-feira (2), com o rei da Espanha, Felipe VI, e com os chefes de Estado da Bolívia, Luis Arce; da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló; e do Equador, Guillermo Lasso.
Pela tarde, estavam agendados encontros com os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro; do Chile, Gabriel Boric; e de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deve se reunir com o vice-presidente da China, Wang Qishan.