Os Estados Unidos não estão discutindo exercícios nucleares conjuntos com a Coreia do Sul, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, nesta segunda-feira (2), contradizendo comentários do presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol.
Acompanhado de seu assessor de segurança nacional, Jake Sullivan, Biden falou com a imprensa ao voltar de férias nesta segunda-feira (2). Questionado sobre o possível exercício militar conjunto, ele negou as informações, segundo fontes consultadas pela Bloomberg.
O líder sul-coreano havia dito que os países "estão discutindo possíveis exercícios conjuntos usando ativos nucleares dos EUA" para responder às "ameaças da Coreia do Norte", que fez diversos testes com mísseis balísticos nos últimos dias.
Os comentários de Yoon seguiram um apelo para uma "preparação para a guerra" contra Pyongyang com uma capacidade "esmagadora".
"As armas nucleares pertencem aos Estados Unidos, mas o planejamento, o compartilhamento de informações, os exercícios e o treinamento devem ser conduzidos conjuntamente pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos", disse Yoon.
O líder sul-coreano ainda frisou que o planejamento e os exercícios conjuntos visariam uma implementação mais eficaz da "dissuasão estendida" dos EUA e que Washington tinha indicações positivas sobre a ideia.
As declarações de Yoon foram publicadas um dia depois que a mídia estatal norte-coreana noticiou que seu líder Kim pediu o desenvolvimento de novos mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) e um "aumento exponencial" do arsenal nuclear do país.
Os laços intercoreanos têm sido difíceis, mas ficaram ainda mais desgastados desde que Yoon assumiu o cargo em maio, prometendo uma postura mais dura no Norte.