Em cerimônia de posse com a presença de seu antecessor Carlos França, o agora chefe da diplomacia brasileira apontou que a política externa do governo Lula pretende colocar o Brasil em destaque no âmbito internacional.
"Quero convidar a todos a unir-se em torno desse grande projeto de política externa do presidente Lula, que há de trazer o Brasil de volta a um intenso protagonismo internacional, para que todos os brasileiros voltem a orgulhar-se do seu país", declarou o chanceler de Lula, salientando a presença de uma "política externa vigorosa" durante sua gestão.
Vieira acrescentou que tem uma ampla tarefa pela frente que irá "para muito além" do Ministério das Relações Exteriores e buscará auxiliar o governo com "políticas públicas brasileiras em matéria de crescimento econômico, meio ambiente, agricultura, educação, cultura, ciência, tecnologia e inovação, direitos humanos, desenvolvimento social e defesa".
O chanceler prometeu uma "forte retomada da diplomacia presidencial", a recomposição das relações bilaterais danificadas", e a retomada do "protagonismo construtivo nos foros internacionais", além de garantir o imediato retorno do Brasil ao Pacto Global de Migrações da Organização das Nações Unidas (ONU), cancelado pelo governo anterior.
Lula assina decretos durante cerimônia de posse dos novos ministros de Estado, na cidade de Brasília (DF), em 1º de janeiro de 2023
Em relação à região, Vieira garantiu que a "ideologia" do governo será a da "integração".
"O Brasil precisa reassumir a sua identidade de grande país sul-americano e em desenvolvimento, restabelecer a confiança na relação com nossos vizinhos e voltar a atuar como um país com interesses globais", disse.
Vieira também comentou sobre a relação com China e Estados Unidos. Sobre Pequim, o chanceler brasileiro prometeu a busca de novas áreas de cooperação em temas como clima, ciência, tecnologia, inovação e comércio. Já em relação a Washington, o chefe do Itamaraty falou em "dinamizar o relacionamento econômico e atrair investimentos".
O ex-ministro França também discursou, elogiou Vieira como "profissional experiente" e defendeu sua passagem pelo Itamaraty por ações nas áreas ambiental, sanitária e econômica. O ex-chanceler, que teceu elogios ao ex-presidente Jair Bolsonaro, também exaltou o diálogo como "o método por excelência da política externa".