De acordo com o embaixador, o objetivo da ideia não seria o fim das moedas de cada país, mas sim a criação de uma unidade financeira paralela única para fortalecer o comércio entre os países do bloco comercial.
"Não significa que cada país não tenha sua moeda. Significa uma unidade para integração e aumento do intercâmbio comercial no bloco regional. E, como disse o presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva], fortalecer o Mercosul e ampliar a união latino-americana é muito importante", declarou Scioli após o encontro com Haddad, conforme noticiou o G1.
Presidente da Argentina, Alberto Fernández (à esquerda), em São Paulo, quando foi recebido pelo então recém-eleito presidente do Brasil, Lula, vencedor nas urnas em 31 de outubro de 2022. Foto de arquivo
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Segundo o embaixador, Haddad tem uma "visão muito positiva da economia real e um compromisso muito forte com os objetivos da moeda comum".
Scioli afirmou que a reunião também contou com temas como integração energética e financeira para promover o comércio entre os dois países.
O embaixador lembrou que o Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina em um contexto que classifica como de "crise da globalização".
"Foi um bom encontro com o ministro Haddad para falar sobre as políticas acordadas pelo presidente Lula e pelo presidente Alberto Fernández sobre integração energética e financeira, além do aumento do comércio entre os nossos países", disse.
O Ministério da Fazenda informou que não comentaria a reunião, de acordo com o G1.