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Premiê do Reino Unido promete reduzir a inflação pela metade e acabar com a recessão em 2023

Em seu primeiro discurso de 2023, o primeiro-ministro também prometeu reduzir a dívida do governo, reduzir as listas de espera dos hospitais e impedir o tráfico de pessoas no Canal da Mancha.
Sputnik
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, prometeu reduzir pela metade a inflação galopante e fazer a economia crescer até o final do ano.
Sunak prometeu trabalhar "noite e dia" para honrar essas promessas antes da próxima eleição e criar "um futuro que restaure o otimismo, a esperança e o orgulho na Grã-Bretanha".
O índice de preços ao consumidor (IPC) da inflação está atualmente em 10,7%, em meio à crise energética provocada pelas sanções ocidentais à Rússia, enquanto o índice de preços no varejo (IPV) é de 16,1%.
"Primeiro, reduziremos a inflação pela metade este ano para reduzir o custo de vida e dar segurança financeira às pessoas", disse Sunak. "Em segundo lugar, vamos fazer a economia crescer, criando oportunidades e empregos mais bem pagos em todo o país."
As pequenas empresas enfrentaram a escolha entre fechar as portas neste inverno (Hemisfério Norte) ou ir à falência, pois as contas de energia aumentaram dez vezes. Isso também teve um efeito indireto sobre os preços de outros bens, incluindo alimentos básicos.
O primeiro-ministro acrescentou que a redução da dívida nacional é vital para "garantir o futuro dos serviços públicos", ao mesmo tempo em que se comprometeu a reduzir o tempo de espera no Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês), em crise, onde enfermeiros e equipes de ambulâncias estão em greve.
O ano de 2022 viu uma onda de greves em vários setores, já que as ofertas de pagamento dos empregadores, de cerca de 5%, não conseguiram acompanhar a alta da inflação.
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Sunak insistiu que o governo estava "tomando medidas urgentes" para adicionar mais 7.000 leitos à capacidade hospitalar, junto com "planos futuros para emergências e ambulâncias".
Ele também disse que queria um "diálogo razoável" com os sindicatos, insistindo que seu gabinete "valoriza enormemente os trabalhadores do setor público, como enfermeiras".

"Quinto, vamos aprovar novas leis para parar os pequenos barcos, garantindo que, se você vier para este país ilegalmente, seja detido e rapidamente removido", alertou o primeiro-ministro aos migrantes que chegam do continente europeu.

O número de pessoas traficadas através do canal em barcos frágeis e sobrecarregados se multiplicou para dezenas de milhares por ano, com homens jovens da Albânia agora compondo a maior parte das chegadas.
Aqueles que são resgatados pela guarda costeira e pelo serviço de salva-vidas da Royal National Lifeboat Institution (RNLI) solicitando asilo político, são comumente acomodados em hotéis ou mesmo em navios de cruzeiro ancorados às custas dos contribuintes.
O tráfico tem se mostrado difícil de conter, apesar das promessas dos predecessores de Sunak, Boris Johnson e Liz Truss, como acordos com a França — o ponto de partida para a maioria dos barcos do tráfico — para reforçar o policiamento de sua costa.
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