Ontem (3), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, conversou por telefone com seu homólogo israelense, Eli Cohen. De acordo com um comunicado emitido pelo MRE da Rússia na terça-feira (3), os diplomatas discutiram a situação da operação especial na Ucrânia e as relações bilaterais, sobretudo comerciais e econômicas, conforme noticiado.
Kiev reagiu à comunicação entre os dois chanceleres e disse que o telefonema marcar uma "mudança de posição de Israel" em relação ao conflito, uma vez que o chanceler anterior ao novo governo, Yair Lapid, não telefonou para Moscou.
"O [ex-]ministro [Yair Lapid] das Relações Exteriores de Israel não falou com [Sergei] Lavrov desde o início da guerra. Infelizmente, não recebemos nenhuma condenação pelo bombardeio em massa de nossos civis nos últimos meses. Israel é único em termos de nossos parceiros. Fica em silêncio", disse o embaixador da Ucrânia em Israel, Yevgeny Korniychuk, ao The Times of Israel.
Korniychuk ainda enfatizou que nem o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, nem o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, pediram para falar com Cohen.
De acordo com a mídia, um funcionário israelense disse que um diplomata fez um pedido oficial ao MRE da Ucrânia para uma ligação entre Cohen e Kuleba, entretanto, autoridades ucranianas negaram ter recebido qualquer pedido formal.
Em dezembro, antes de Benjamin Netanyahu assumir o cargo de primeiro-ministro novamente, Zelensky disse que Tel Aviv teria que escolher entre "relações com Vladimir Putin" ou vínculo histórico entre Israel e a Ucrânia.
27 de novembro 2022, 23:50
No entanto, até o momento, não está claro qual é o posicionamento israelense sobre o conflito. O governo já enviou à Ucrânia ajuda humanitária, equipamentos de defesa como capacetes e criou hospital de campanha em território ucraniano, mas os sistemas de defesa aérea Cúpula de Ferro, pedidos incansavelmente por Zelensky, os israelenses ainda não enviaram.