"O ponto fundamental aqui é que nós estamos observando movimentações políticas que indicam que russos e chineses aprofundam sua relação de cooperação. Os chineses têm a oferecer, além do seu potencial econômico, o seu conhecimento, seu know-how tecnológico na área de semicondutores, na área de hardware de um modo geral, para uma indústria de defesa russa que anteriormente estava muito dependente do que era ainda um cenário pós-soviético", afirma o analista em entrevista à Sputnik Brasil.
Aliança entre China e Rússia
"Essa nova aliança, vamos dizer, reorganiza uma situação e readequa uma posição que dá aos russos uma perspectiva de que não haja escassez em relação à sua possibilidade ou capacidade de adquirir ou repor material bélico", afirma.
Brasil pode se beneficiar de parcerias com Rússia e China
"Acho que o Brasil deve buscar uma cooperação tanto com a Rússia como com a China para aquisição de materiais visando as defesas aéreas e a proteção da costa brasileira — defesas aéreas mais especificamente no que diz respeito à Amazônia", afirma, acrescentando que a aquisição de mísseis como o Tsirkon dependeria de fatores mais abrangentes, como a própria adaptação da frota marítima brasileira.