Aleksandar Vucic listou os países que recentemente retiraram o reconhecimento da autoproclamada república do Kosovo. Em suas palavras, existem atualmente 106 países que não reconhecem a independência de Pristina, "84 a reconhecem inequivocamente", a posição de três países é exatamente desconhecida.
"Temos nove retiradas de reconhecimento: Somália, Burkina Faso, Gabão, Suazilândia, Líbia, Guiné, Antígua e Barbuda, Maldivas, Santa Lúcia, [e estamos] à espera da décima", sublinhou.
Na terça-feira (3), o vice-primeiro-ministro sérvio e ministro das Relações Exteriores, Ivica Dacic, informou que o reconhecimento da independência do Kosovo foi retirado por outro país, elevando o número para dez nações.
Pouco depois, em entrevista coletiva, o presidente declarou que a Sérvia não vai mudar sua posição sobre Kosovo, apesar das pressões do Ocidente.
"Continuaremos nossa luta. Sempre desejaremos a paz com os albaneses, sempre desejaremos todos os acordos que assinamos", afirmou o chefe de Estado sérvio.
Ele acrescentou que a Sérvia não está fugindo de nenhum dos seis acordos assinados. Mas afirmou que outra parte foge deles, tanto dos albaneses como da comunidade internacional, e "eles não respeitam ninguém", criticou.
"Vamos continuar a nossa luta. Cada um vai continuar a fazer o seu trabalho. São chantagens e ameaças, e estamos preservando a nossa liberdade e independência, a nossa Sérvia", sublinhou.
Além disso, Vucic disse que planeja aumentar o número de militares nas forças especiais do Exército do país até 2023. "O principal objetivo para todo o ano de 2023 será aumentar os 1,6 mil soldados das unidades especiais do Exército Sérvio para 5.000. Os salários serão enormes e convido todos os jovens porque os salários-base serão superiores a 2.000 euros, mais remunerações extraordinárias de serviço, turnos noturnos", explicou o presidente.
Vucic concluiu que o ano de 2023 vai ser mais difícil que o anterior. Entre as razões para isso, ele citou a desaceleração das economias da Europa, Estados Unidos e China.