Panorama internacional

Israel reterá receita tributária da Autoridade Palestina e vai impor outras sanções

Israel aprovou hoje (6) uma série de sanções contra a Autoridade Palestina (AP) em retaliação à recente vitória diplomática dos palestinos na Organização das Nações Unidas (ONU).
Sputnik
Entre as medidas aprovadas pelos ministros, Israel decretou a apreensão das receitas fiscais que Tel Aviv arrecada em nome da AP, avaliadas em US$ 39 milhões (R$ 203,8 milhões), para canalizá-las para as vítimas israelenses do chamado "terrorismo palestino".
A quantia servirá também para "compensar os pagamentos que a Autoridade Palestina faz a terroristas palestinos, assim como prisioneiros e suas famílias".
Além disso, Israel congelou novas construções palestinas na chamada Área C, na Cisjordânia, onde Israel mantém o controle civil e de segurança sob os Acordos de Oslo.
As novas determinações, escreve o Times of Israel, representam um afastamento significativo da política do governo anterior, "que de várias maneiras procurou fortalecer a Autoridade Palestina, temendo que seu colapso apenas aumentasse as forças mais extremistas".
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que formou um novo governo no mês passado após eleições antecipadas, disse recentemente que Israel vai revisar sua política externa para torná-la mais consistente com suas prioridades nacionais.
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"O país não vai mais abaixar a cabeça em resposta às demandas do mundo", disse ele em uma conferência realizada pelo movimento sionista Betar, em Jerusalém.
Reagindo às determinações anunciadas nesta sexta-feira (6) por Tel Aviv, o secretário-geral do Fatah, Hussein al-Sheikh, disse que "as medidas anunciadas pelo governo de ocupação, principalmente a pirataria contínua de nosso dinheiro, não nos desencorajarão de nossa posição de perseguir seu governo em instituições e fóruns internacionais".
As sanções são uma resposta à campanha palestina contra Israel na arena internacional .O Conselho de Segurança da ONU realizou, na quinta-feira (5), uma reunião de emergência para discutir a visita do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, ao Monte do Templo.
Muitos países criticaram Israel por alimentar tensões, e o um foguete foi disparado da Faixa de Gaza na noite de terça-feira (3). Atualmente, vigora um tratado negociado entre Israel e Jordânia sobre o Monte do Templo e o acesso à Mesquita de Al-Aqsa: apenas muçulmanos podem rezar na área.
A sessão ocorreu uma semana depois que a Assembleia Geral da ONU votou para adotar uma resolução condenando o aumento dos assentamentos de Israel na Cisjordânia.
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