Operação militar especial russa

Rússia critica Alemanha por envio de tanques a Kiev e relembra história: 'Linha moral foi cruzada'

Moscou reagiu à decisão do governo alemão de enviar tanques e outros equipamentos para Kiev, ressaltando que a ação cria "o impacto mais negativo nas relações russo-alemãs" até o momento.
Sputnik
A Embaixada da Rússia na Alemanha condenou a decisão de Berlim de enviar tanques e outros equipamentos militares para a Ucrânia, dizendo que a medida conduzia à escalada e parecia "cínica" em meio à declaração unilateral de cessar-fogo da Rússia para o Natal ortodoxo.
Na quinta-feira (5), o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concordaram em um telefonema sobre um novo lote de ajuda militar para a Ucrânia, incluindo armas pesadas, conforme noticiado.
A Alemanha anunciou planos para enviar à Ucrânia um batalhão de cerca de 40 veículos de combate de infantaria Marder e sistemas de defesa aérea Patriot, bem como treinar tropas ucranianas em seu uso.
"Condenamos fortemente esta decisão e a vemos como mais um passo para a escalada do conflito na Ucrânia. Sua adoção parece especialmente cínica na véspera do feriado de Natal ortodoxo, que é altamente reverenciado no mundo cristão, e também no contexto do cessar-fogo unilateral", disse a embaixada russa em comunicado.
O órgão também afirmou que a velocidade com que a Alemanha e os EUA coordenaram a nova ajuda militar para Kiev "não deixa dúvidas de que Berlim o fez sob forte pressão de Washington, agindo de acordo com a lógica destrutiva da solidariedade transatlântica".
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A decisão de Berlim de fornecer armas pesadas a Kiev gera "o impacto mais negativo nas relações russo-alemãs" até o momento, acrescentou a embaixada.
"Fornecer armas letais que estão sendo usadas não apenas contra militares russos, mas também civis em Donbass é uma linha moral que as autoridades alemãs não deveriam ter cruzado, dada a responsabilidade histórica deste país perante nossa nação", disse a embaixada.
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