Eles escreveram que Moscou deve manter o controle dos territórios que votaram para se tornar parte da Rússia em meio à operação militar especial na Ucrânia, pois, "para [o presidente russo, Vladimir] Putin, a derrota não é uma opção".
"Ele não pode ceder à Ucrânia as quatro províncias que declarou parte da Rússia. Se ele não puder ter sucesso militar este ano, ele deve manter o controle das posições no leste e no sul da Ucrânia que fornecem pontos de partida futuros para ofensivas renovadas para tomar o resto da costa ucraniana do mar Negro, controlar toda a região de Donbass, e depois se mover para o oeste", diz o artigo conjunto.
De acordo com Rice e Gates, a maior parte da capacidade industrial e da riqueza mineral da Ucrânia está sob controle russo, enquanto a infraestrutura e a economia ucranianas sofreram muito.
"Conte com a paciência de Putin para alcançar seu destino", disseram Rice e Gates.
Eles enfatizaram que Kiev depende quase inteiramente da ajuda ocidental e que os Estados Unidos devem aumentar seus suprimentos militares para a Ucrânia se quiserem que as tropas ucranianas reprimam as forças russas.
"Na ausência de outro grande avanço ucraniano e sucesso contra as forças russas, as pressões ocidentais sobre a Ucrânia para negociar um cessar-fogo crescerão com o passar dos meses de impasse militar", diz o artigo conjunto.
Senador russo, Aleksei Pushkov ridicularizou o artigo em suas redes sociais e disse que os seus autores escreveram "banalidades óbvias".
A Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro. Durante a operação, o Exército russo, junto com as forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk, libertou completamente a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da república de Donetsk, bem como toda a região de Kherson, áreas de Zaporozhie junto do mar de Azov e uma parte da região de Carcóvia.