Na ocasião, os militares norte-americanos confundiram um veículo com um outro utilizado por terroristas, provocando a morte de civis, segundo os resultados de uma investigação militar divulgada pelo jornal The New York Times.
Minutos depois do ataque, os militares americanos descobriram que o veículo atacado pelo drone em Cabul era civil, contudo, as autoridades americanas seguiram afirmando que um alvo terrorista havia sido eliminado.
A investigação indica que analistas militares informaram seus chefes sobre a possibilidade de ter havido vítimas civis e, três horas depois, afirmaram que pelo menos três menores de idade estavam entre os mortos.
Por sua vez, as autoridades militares norte-americanas continuaram ocultando as informações sobre o ataque.
Três dias depois, o chefe do Estado-Maior Conjunto, Mark Milley, afirmou que o ataque havia sido "justo" e que resultou na morte de um terrorista e "outros" desconhecidos.
De acordo com os oficiais do Pentágono, no momento do ataque, ocorrido nos últimos dias da caótica retirada dos militares americanos do Afeganistão, eles não sabiam a identidade do motorista do veículo, afirmando que o Toyota Corolla branco coincidia com os dados da inteligência sobre um atentado terrorista.
O erro americano custou a vida de nove civis, incluindo sete menores. O motorista do veículo era Zemari Ahmadi, um engenheiro elétrico de 43 anos, que trabalhava em uma ONG norte-americana desde 2006.