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Grécia nega jurisdição do Reino Unido sobre mármores do Partenon

O Ministério da Cultura grego deixou claro que não concede ao Museu Britânico nenhum direito sobre as relíquias. Atenas diz que elas foram roubadas da Grécia no século XIX.
Sputnik
O Ministério da Cultura da Grécia indicou este sábado (7) que não reconhece a jurisdição, posse e propriedade das esculturas do Partenon pelo Museu Britânico.
As declarações foram feitas em um pronunciamento público que ocorreu após publicações da mídia britânica insinuarem supostas negociações entre Atenas e Londres em torno dessas relíquias.
Líder da oposição grega, Alexis Tsipras afirmou que "não se pode emprestar ou trocar algo que não lhe pertença", e pediu ao governo grego que aja com transparência nesta questão delicada.
Ele lembrou que todos os governos gregos têm mantido firme a posição de não reconhecer qualquer direito sobre os mármores roubados do país a nenhuma entidade legal, como o Museu Britânico.
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A polémica foi gerada após uma publicação, feita a 4 de janeiro, pelo jornal britânico The Telegraph, que aludia à possibilidade de os mármores do Partenon serem devolvidos após um acordo com o Museu Britânico.
O museu "emprestaria algumas peças a Atenas a longo prazo, em troca de peças arqueológicas da Grécia Antiga serem transferidas para Londres".
A Grécia travou uma longa batalha para devolver os mármores ao seu lugar de origem, restaurá-los e reiniciar um novo capítulo na história de um dos templos mais exclusivos do mundo.
As autoridades do Reino Unido argumentam que os frisos foram retirados com a permissão dos governantes otomanos, que ocupavam a Grécia na época. Atenas considera isso um "roubo" e sempre desejou optar pelo canal diplomático, ao invés de iniciar ações judiciais.
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