Diante da invasão nos palácios dos três Poderes, ministros do STF criticaram José Múcio e disseram que sua atuação foi "fraca".
Segundo apuração do jornal O Globo, a avaliação dos magistrados é que o ministro não agiu para desmobilizar acampamentos na frente de instalações militares que pregam um golpe no país.
Para ministros do STF, não é possível avaliar como "democráticos" movimentos que pedem intervenção militar e que não aceitam o resultado das eleições.
Segundo esses integrantes da Suprema Corte, o desrespeito às instituições não pode ser tratado como um direito constitucional.
Na semana passada, após tomar posse, Múcio revelou que tem parentes entre os acampados e qualificou os atos como "demonstração da democracia".
Segundo vídeos transmitidos nas redes sociais, terroristas subiram nos assentos do plenário do STF, quebraram as vidraças do palácio e destruíram parte da estrutura do térreo, inclusive arrancando as placas do local onde o ministro Alexandre de Moraes pendura a toga.
O jurista Fernando Augusto Fernandes disse à Sputnik Brasil que "estamos vendo crimes contra o Estado de direito democrático" e destacou o artigo 359-L do Código Penal, que prevê até oito anos de punição para quem "tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado democrático de direito, impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes constitucionais".