O acampamento bolsonarista levantado em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília, foi desocupado por agentes da Polícia Militar do Distrito Federal e da Força Nacional de Segurança Pública na manhã desta segunda-feira (9).
Cerca de 1.200 pessoas já foram retiradas do acampamento, e os poucos manifestantes que ainda seguem no local estão sendo removidos. As pessoas que foram retiradas do local foram levadas para a superintendência da Polícia Federal (PF). Cerca de 40 ônibus já chegaram ao local, e mais estão por vir ao longo das próximas horas.
As pessoas serão detidas, identificadas e, caso seja comprovada participação na invasão ou outro crime relacionado aos atos violentos do último domingo (8), responsabilizadas, respondendo criminalmente.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou que, além das operações em andamento, foi criado um canal de denúncias para coletar informações.
A ação de desocupação ocorre um dia após a capital federal ser alvo de uma invasão de prédios dos três Poderes promovida por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam o resultado das eleições presidenciais e pedem uma intervenção das Forças Armadas.
Em paralelo, uma perícia está sendo feita nos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso para identificar danos e possíveis ameaças, como bombas, e coletar evidências. Amostras de DNA serão coletadas para auxiliar na identificação dos autores da invasão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa de uma reunião nesta manhã com o ministro da Defesa, José Múcio, e comandantes das Forças Armadas para debater os episódios de domingo e traçar medidas a serem tomadas.