A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta segunda-feira (9) uma nota de repúdio ao uso político da camisa amarela da Seleção Brasileira.
A confederação afirmou que a camisa é apartidária e representa um "símbolo da alegria" para "unir e não para separar os brasileiros".
A camisa da Seleção vem sendo usada em protestos contra a corrupção desde o início da crise do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2013, nas chamadas Jornadas de Junho. Posteriormente ela se tornou um símbolo da direita brasileira em protestos pelo impeachment de Dilma, em 2016, e em apoio a Jair Bolsonaro (PL), presidenciável em 2018.
Em novembro de 2022, às vésperas da Copa do Mundo do Catar, a CBF lançou uma campanha publicitária para tentar dissociar a imagem da camisa da política. Porém bolsonaristas continuaram usando amplamente a camisa como forma de demonstrar apoio a Bolsonaro e às Forças Armadas.
Imagens registradas no último domingo (8), durante a invasão dos prédios dos três Poderes, em Brasília, mostram que uma grande parte dos invasores usavam a camisa amarela da Seleção.