"Os golpistas estavam visando um golpe de Estado. É importante dizer isso. [...] Vivemos [ontem] um conjunto de crimes de abolição do Estado democrático de direito", afirmou. "Não obtiveram êxito. Isso foi debelado, isso foi vencido, e acreditamos que o pior já passou. [...] Vivemos um momento muito difícil ontem, um estresse inédito do Estado democrático de direito. Mas isso passou. Se há algum saldo disso, é a defesa do Estado e da Constituição. O extremismo foi derrotado mais uma vez. [...] E Deus abençoou o Brasil. Porque ontem não teve nenhum morto. Vivemos ontem o Capitólio brasileiro, com duas diferenças: não houve mortos e temos muito mais presos [no dia seguinte aos ataques]."
"A Polícia Federal realizou a apreensão de 40 ônibus. Em um deles havia inclusive armas de fogo, o que demonstra preparação para atos de violência", declarou, acrescentando que alguns dos veículos já estavam deixando Brasília.
"Estamos lidando com isso desde antes da posse presidencial. Nunca minimizamos e sempre agimos. Tanto que há pessoas presas, inclusive financiadores. É a prova cabal de que nós sempre agimos desde os eventos de 12 de dezembro [quando bolsonaristas atacaram Brasília na diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva, PT] e do 24 [de dezembro, quando um bolsonarista colocou uma bomba no Aeroporto de Brasília]. Não estamos vivendo uma situação de normalidade institucional, porque foram inoculados valores exóticos [em relação à democracia]. Estamos agindo desde a posse contra o terrorismo."
"Prefiro acreditar que o ministro Múcio fez o máximo que pôde, com lealdade e dignidade. É preciso notar que as Forças Armadas ficaram ao lado da legalidade democrática. Tenho solidariedade ao ministro Múcio, o que não significa que concorde com todas as opiniões dele. Mas não pode ser posta em dúvida a sinceridade, a lealdade e a correção dele", defendeu.