"O ex-presidente Jair Bolsonaro não pediu a cidadania italiana. Mas existem leis. Há pessoas que possuem o direito de pedir, mas ele não pediu", ressaltou o ministro.
Anteriormente, a imprensa brasileira (o jornal Istoè, por exemplo) divulgou informações, segundo as quais Jair Bolsonaro e seus familiares estariam planejando obter a cidadania italiana. Nesse contexto, o líder do partido Federação dos Verdes, Angelo Bonelli, enviou na segunda-feira (9) um pedido parlamentar para a chancelaria italiana exigindo esclarecer a informação sobre o assunto.
O jornal La Repubblica lembrou que os filhos de Bolsonaro, Flávio e Eduardo, iniciaram o procedimento de obtenção da cidadania italiana por direito de sangue ainda em 2019 e que essa informação já foi confirmada pelas autoridades em novembro do ano passado. A edição apontou que Jair Bolsonaro poderia seguir o exemplo de seus filhos, enfatizando que é pouco provável que, após a derrota nas eleições presidenciais, Bolsonaro planeje voltar para o Brasil.
Nesse contexto, foram salientadas as "relações privilegiadas" entre Bolsonaro e o atual vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini.
Bolsonaro partiu para os Estados Unidos no fim de 2022, sem vontade de participar da cerimônia de transferência do poder para o novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Na segunda-feira (9), o ex-presidente foi internado na Flórida com fortes dores abdominais.
Ao mesmo tempo, o senador Renan Calheiros enviou um pedido a Alexandre de Moraes, ministro do STF, para extraditar urgentemente Bolsonaro dos EUA. Segundo o senador, o ex-chefe de Estado é o responsável pelas recentes perturbações na capital do país, que acabaram com a invasão dos prédios governamentais.