"A saída súbita dos norte-americanos deste país, aparentemente, em muitos aspectos visava se concentrar na Ucrânia, onde, segundo suas estimativas, estava sendo conduzida de forma bem-sucedida a preparação do regime fantoche de Kiev para ações ofensivas antirrussas. Aliás, isso foi confirmado pelo secretário de Estado dos EUA [Antony] Blinken, que afirmou que, se os militares norte-americanos não tivessem deixado o Afeganistão, Washington não teria conseguido alocar tanto dinheiro à Ucrânia", especificou Patrushev.
Depois da retirada das forças, o Pentágono transferiu parte do equipamento militar do Afeganistão para a Europa, principalmente para a Polônia, permitindo que os europeus militarizassem o regime de Kiev, ressaltou o político russo.
De acordo com o secretário do Conselho de Segurança, a presença dos EUA no Afeganistão não resultou em um combate ao terrorismo, mas na criação de esquemas de corrupção de muitos milhões de dólares e no aumento múltiplo da produção de drogas.
No fim de dezembro, o chefe do Departamento de Estado norte-americano Antony Blinken apontou que, caso os EUA ainda estivessem presentes no Afeganistão, isso complicaria significativamente o apoio que Washington pode fornecer à Ucrânia.
Em janeiro, o conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Jake Sullivan, salientou que, se os Estados Unidos ainda combatessem no Afeganistão, "isso seria um alvo perfeito para a Rússia".
Joe Biden declarou sobre a necessidade de retirar as tropas do Afeganistão no âmbito de sua campanha eleitoral em 2020.
No fim de agosto de 2021, as forças norte-americanas abandonaram o aeroporto de Cabul, pondo fim a quase 20 anos de sua presença militar no país.