"A CIDH inicia visita de observação ao Peru. De 11 a 13 de janeiro, a delegação liderada pelo vice-presidente [da organização] Stuardo Ralón, juntamente com o comissário Joel Hernández, se reunirá com autoridades, vítimas e familiares", informou a entidade em publicação nas redes sociais.
Segundo a CIDH, as reuniões serão realizadas nos departamentos de Lima, Ica e Arequipa.
Pelo menos 47 pessoas morreram no Peru desde o início dos protestos contra o Congresso, o governo de Dina Boluarte e a destituição de Castillo, principalmente devido à repressão das forças de segurança.
Apenas na segunda-feira (9), 17 pessoas morreram no departamento de Puno, em um dos dias mais violentos desde o início das mobilizações.
A CIDH condenou o episódio e pediu ao Estado peruano que "tomasse medidas imediatas" para prevenir e sancionar o uso excessivo da força no contexto de protestos.
Na terça-feira (10), o Ministério Público peruano ordenou a abertura de uma investigação contra Boluarte, o primeiro-ministro Alberto Otárola, o ministro do Interior, Víctor Rojas, e o ministro da Defesa, Jorge Chávez, pelos crimes de genocídio, homicídio qualificado e lesões graves durante manifestações sociais contra o governo.