"No contexto global, a UE está se movendo para um 'novo nível de parceria' com a OTAN, mudando assim para a rivalidade geopolítica com a China e garantindo a superioridade da Aliança do Atlântico Norte em áreas operacionais, como proteção de infraestrutura crítica, espaço, mídia e até mesmo lutar contra a mudança climática", disse Zakharova.
Na terça-feira (10), o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assinaram a Declaração Conjunta sobre a Cooperação UE-OTAN. O documento afirmava a intenção dos aliados de reforçar a cooperação, reconhecendo a aliança como a base da segurança coletiva, e sublinhava a necessidade de reforçar a defesa europeia como complemento da segurança comum.
Segundo a representante russa, a declaração conjunta é "outra apologia da filosofia da supremacia ocidental", que "afirma notoriamente que a OTAN e a UE usarão todos os meios políticos, econômicos e militares 'no interesse de nossos um bilhão de cidadãos'". Enquanto isso, o resto do mundo é essencialmente considerado pela UE-OTAN como um ambiente hostil, acrescentou.
Zakharova também disse que as abordagens agressivas e de confronto da Aliança Atlântica e do bloco europeu em relação a outros países que aderem à política externa independente, bem como as tentativas de dividir os Estados em "amigos" e "inimigos" só impediriam a solução pacífica de conflitos globais e enfraqueceriam a segurança internacional em diante dos desafios persistentes do terrorismo.