As potências ocidentais lideradas pelos Estados Unidos estão preparando novas sanções contra as exportações de petróleo da Rússia, incluindo, pela primeira vez, limites de preços para produtos refinados, de acordo com reportagens da mídia norte-americana nesta quarta-feira (11).
De acordo com os relatos, as sanções incluiriam dois tetos de preços separados: um para produtos de alto valor, como óleo diesel, e outro para produtos de baixo valor, como óleo combustível.
A expectativa é que os novos limites de preços entrem em vigor no dia 5 de fevereiro — o mesmo dia em que a proibição da União Europeia (UE) de importar petróleo refinado da Rússia entra em vigor. Moscou denunciou os limites como ações antimercado e, em alguns casos, como violações de contratos de exportação e importação existentes para esses produtos.
Isso ocorre depois que os Estados Unidos e a UE impuseram um teto de preço unilateral de US$ 60 (cerca de R$ 312) por barril nas exportações de petróleo não refinado ou bruto da Rússia em dezembro. No início de 2022, a UE também impôs um limite de preço às exportações russas de gás natural liquefeito (GNL), levando ao fechamento do gasoduto Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) poucas semanas antes de uma explosão submarina vir a desativá-lo.
Moscou retaliou os limites de preço impondo sua própria proibição de exportações para nações que impõem os tetos, a partir de 1º de fevereiro. A proibição inclui produtos brutos e refinados. A Rússia é o maior exportador mundial de produtos petrolíferos refinados e o segundo maior exportador mundial de petróleo bruto, depois da Arábia Saudita.
De acordo com a mídia, as autoridades ocidentais acreditam que a próxima rodada de sanções vai ter um efeito mais prejudicial nas receitas de exportação russas e nos preços globais da energia porque os produtos refinados exigem transporte mais especializado do que o petróleo bruto, o que significa que além disso, os principais compradores de petróleo bruto russo que ignoraram as sanções e os tetos de preço dos EUA, como China e Índia, tendem a refiná-lo eles mesmos, o que significa que podem não conseguir comprar todo o excesso de mercado produzido pelas sanções.
Há também um número menor de embarcações capazes de transportar essa carga, tornando mais difícil para eles escaparem das autoridades ocidentais.