Panorama internacional

Deputados dos EUA pedem que Biden revogue visto de Bolsonaro e acione FBI

Um grupo de 46 deputados do Partido Democrata, dos Estados Unidos, enviou uma carta ao presidente Joe Biden, na quarta-feira (11), cobrando que o governo tome medidas para impedir que o país sirva de "refúgio" para o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro diante das investigações dos atos violentos realizados em Brasília no último domingo (8).
Sputnik
Conforme informou o Washington Post, os democratas pedem que Biden colabore com as autoridades brasileiras nas investigações sobre a invasão e depredação dos prédios dos três Poderes por apoiadores radicais de Bolsonaro.
Segundo o documento, "o ataque ilegal e violento em 8 de janeiro contra as instituições do governo brasileiro foi construído sobre meses de invenções pré e pós-eleitorais do Sr. Bolsonaro e seus aliados".
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Em razão disso, os democratas defendem que o visto de Bolsonaro seja revisto e que Biden coloque o FBI, a polícia federal estadunidense, para investigar se esses atos violentos foram planejados em território norte-americano. Se confirmado, os parlamentares querem que os EUA punam os envolvidos. De acordo com informações obtidas pelo UOL, Bolsonaro teria se encontrado com o então secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, em Orlando, nos EUA, um dia antes dos ataques.

"Segundo nosso entendimento, já que o Sr. Bolsonaro entrou nos Estados Unidos quando ainda era presidente do Brasil, ele pode ter feito isso com um visto A-1, que é reservado para indivíduos em visitas diplomáticas ou oficiais. Como ele não é mais o Presidente do Brasil e tampouco exerce atualmente o cargo de oficial brasileiro, solicitamos que reavalie sua situação no país para verificar se há base legal para sua estada e revogue qualquer visto diplomático que ele possa possuir", dizem os parlamentares.

Torres, que foi ministro da Justiça durante o governo Bolsonaro, teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (10). O ex-secretário é acusado de omissão diante do distúrbio que deixou um rastro de destruição no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e, principalmente, no STF.
Os envolvidos no ato extremista pediam uma intervenção militar para derrubar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu no dia 1º.
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