Ao todo, a Espanha importou 446.550 gigawatts-hora (GWh) de gás natural no período de janeiro a dezembro do ano passado, sendo que 53.859 GWh foram repassados pela Rússia.
As maiores entregas de gás foram realizadas pelos Estados Unidos — 128.749 GWh (28,8% do total); Argélia — 106.399 GWh (23,8%); e Nigéria — 61.904 GWh (13,9%), seguidas por Moscou.
A Espanha está se promovendo ativamente como um hub de gás capaz de resolver a crise energética europeia, causada pela redução do fornecimento de gás russo.
Atualmente a Espanha é um dos Estados da União Europeia com a lista mais diversificada de fornecedores naturais, com mais de 20 exportadores.
Campo de gás russo (imagem de referência)
© Sputnik / Yevgeny Biyatov
A União Europeia tem enfrentado inflação e uma enorme crise energética como parte da recessão econômica global pós-pandêmica.
De acordo com um relatório da companhia de seguros Línea Directa que analisou as despesas domésticas e a poupança diante da inflação em 2022, seis em cada dez espanhóis tiveram mais dificuldades econômicas do que no mesmo período de 2021.
A situação se agravou ainda mais no contexto da crise na Ucrânia, já que as hostilidades e as sanções ocidentais contra Moscou levaram a interrupções nas cadeias de suprimentos e resultaram em um aumento nos preços da energia em todo o mundo.
A Espanha, igual aos outros países ocidentais, anunciou sua intenção de deixar de usar a energia russa, o que, como Estado-membro da União Europeia, incluiu um embargo petrolífero a partir de dezembro.