De acordo com comunicado, as análises encontraram traços de matéria orgânica que revela que o meteorito foi parte de um asteroide, onde foi produzida água líquida.
Ao ter acesso a água, poderiam ter ocorrido no asteroide reações químicas que contribuíram para formação de aminoácidos e proteínas, os componentes básicos da vida.
"O Winchcombe pertence a um tipo raro de meteoritos carbonosos que normalmente possuem um rico inventário de compostos orgânicos e água. O primeiro fragmento do Winchcombe foi recuperado depois de 12 horas da observação da bola de fogo, e foi conservado adequadamente para impedir qualquer contaminação terrestre. Isso permitiu estudar a trilha orgânica essencial do próprio meteorito", afirmou Queenie Chan, líder o estudo.
O que chamou atenção dos especialistas também foi o fato de o meteorito apresentar dez vezes menos aminoácidos que outros tipos de meteoritos condritos carbonáceos.
Segundo os especialistas, o inventário orgânico do corpo celeste deu indícios de como uma química simples deu marcha à origem da vida no nascimento do nosso Sistema Solar.
"A descoberta destas moléculas orgânicas nos permitiu compreender a queda de material similar na superfície da Terra, antes do surgimento da vida em nosso próprio planeta", afirmaram os especialistas.