O Itamaraty enviará uma missão, chefiada pelo embaixador Flávio Macieira, à Venezuela na próxima semana para dar início ao processo de reabertura Embaixada do Brasil em Caracas e outras representações brasileiras naquele no país.
O desejo do novo governo de reabrir as embaixadas no país vizinho já havia sido anunciado no ano passado pelo ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, conforme noticiado. Agora, a chancelaria brasileira começa a colocar o plano em prática.
Os imóveis estão fechados há mais de dois anos, por determinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, portanto, a primeira tarefa será avaliar as condições da residência oficial do embaixador brasileiro que voltará para Caracas, o prédio da embaixada e o consulado do Brasil na capital venezuelana, relata O Globo.
Ao mesmo tempo, além das condições físicas, será analisado o valor que precisará ser investido para a recuperação dos imóveis a situação dos funcionários locais que foram afastados com a interrupção dos serviços pelo governo brasileiro. Após a averiguação, a ordem é trabalhar para que as representações brasileiras sejam reabertas o quanto antes.
O governo de Bolsonaro fechou as portas da embaixada brasileira em 2020, mas antes disso, durante o governo de Michel Temer, o Brasil passou a reconhecer como presidente interino da Venezuela o líder da oposição Juan Guaidó, sob o argumento de que Nicolás Maduro era ditador e ilegítimo. A chegada de Luiz Inácio Lula da Silva novamente ao poder reata as relações enfraquecidas e até mesmo rompidas há um longo tempo.
Havia a expectativa de que Maduro desembarcasse em Brasília, no dia 1º de janeiro, para a cerimônia de posse de Lula. Porém, o venezuelano desistiu de vir para o Brasil, porque não havia garantia de abastecimento de combustível em sua aeronave.