Em um estudo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, foi detalhado que, para criar os mapas de nossa galáxia, os cientistas usaram os dados das ondas eletromagnéticas de alta frequência, conhecidas como micro-ondas, que se propagam livremente pelo espaço.
Estas informações fazem parte de um projeto para caracterizar a polarização da Radiação Cósmica de Fundo em Micro-Ondas, que é a radiação fóssil resultante do Big Bang, bem como processos de emissão galáctica e extragaláctica em um alcance de frequências de 10 a 42 giga-hertz.
As representações cartográficas da Via Láctea forneceram uma descrição extra sobre a polarização nos processos de emissão de micro-ondas em nossa galáxia.
"Ao estudar as propriedades de sua polarização esperamos encontrar uma pista indireta sobre a existência de ondas gravitacionais após o Big Bang", comentou Ricardo Génova-Santos, astrônomo do Instituto de Astrofísica de Canarias, na Espanha.
Já o cientista responsável pelo projeto, José Alberto Rubiño, mencionou que "a evidência científica sugere que o Universo passou por uma fase de rápida expansão, chamada inflação, uma fração de segundo depois do Big Bang".
O estudo pode ajudar a determinar as características da nossa galáxia com dados indiretos sobre "as condições físicas nas etapas mais distantes do nosso Universo".