Em entrevista neste domingo (15) ao Wall Street Journal, Mohammed Al-Sudani disse que o país ainda precisa das forças estrangeiras para continuar combatendo o Daesh (grupo terrorista banido na Rússia e diversos outros países).
Para ele, é preciso dar mais tempo aos contingentes dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que permanecem no país.
O primeiro-ministro enfatizou, entretanto, que não são necessárias forças de combate estrangeiras dentro do Iraque. O papel dos Estados Unidos se limita a fornecer inteligência e treinar as tropas iraquianas.
Al-Sudani disse que planeja enviar uma delegação de alto nível a Washington para negociações nos próximos meses, uma medida que deve permitir seu futuro encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden.
Os comentários são significativos porque os partidos que o apoiam e controlam o Parlamento estão alinhados com políticos iranianos que discordam da presença dos EUA na região. O Iraque também depende do Irã para gás natural e eletricidade.
Os Estados Unidos têm cerca de 2.000 soldados estacionados no Iraque para treinar e aconselhar as forças iraquianas. A OTAN tem várias centenas de soldados, também em um papel não combatente.
No início de janeiro de 2020, o parlamento iraquiano votou pelo fim da presença de militares estrangeiros no país depois que um ataque dos EUA matou o comandante iraniano Qassem Soleimani, no aeroporto de Bagdá.
No início de janeiro de 2020, o parlamento iraquiano votou pelo fim da presença de militares estrangeiros no país depois que um ataque dos EUA matou o comandante iraniano Qassem Soleimani, no aeroporto de Bagdá.
Desde então, 22 de dezembro de 2021, o Comando de Operações Conjuntas do Iraque confirmou a retirada das forças armadas da coalizão do Iraque, exceto conselheiros militares. Desde então, os EUA devolveram várias instalações militares, incluindo bases aéreas e quartéis-generais.