Este sistema levou a uma integração econômica sem precedentes e ajudou os EUA, entre outras coisas, a derrotar a União Soviética na Guerra Fria e a alcançar a hegemonia mundial.
Contudo, segundo a mídia, esta velha ordem econômica global está em perigo, pois o sistema passou a ter grandes dificuldades quando os americanos perderam o interesse em mantê-lo ativamente após a crise financeira mundial de 2007-2009.
Além disso, "o abandono do presidente Joe Biden das regras de comércio livre ao adotar uma política industrial agressiva aplicou um novo golpe ao sistema", ressalta.
Para muitos em Washington, esta política industrial tem as suas vantagens, pois permitiria aos EUA manter uma vantagem tecnológica sobre a China, um país que há muito tempo está buscando sua autossuficiência em áreas importantes.
Entretanto, os danos que esta política causará poderiam ser maiores que os benefícios, pois poderia desencadear uma perigosa espiral de protecionismo em todo o mundo.
Um exemplo disso são a Coreia do Sul e a Índia, que estão apoiando a construção de fábricas de semicondutores, enquanto a Europa começa a analisar os acordos comerciais transfronteiriços.
Já os países que possuem matérias-primas necessárias para fabricar baterias estão considerando ou já aplicando controles à exportação.
Consequentemente, a política protecionista, mesmo que beneficie a indústria americana, aumentará os custos dos produtos, minará a segurança global, desacelerará o crescimento econômico e aumentará o custo da transição verde.
A revista ainda destaca que outra consequência problemática desta política pode ser o descontentamento dos potenciais aliados, dos quais os EUA precisam mais do que nunca, pois o protecionismo americano irrita os parceiros na Europa e Ásia.
De acordo com a mídia, quanto mais o conflito econômico aumentar, mais difícil será resolver os problemas que exigem uma cooperação global.