Pequim e Washington "devem encontrar uma maneira de se entender em benefício de seus povos e do mundo inteiro", afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Xie Feng ao discursar no Quarto Fórum Internacional de Influência dos Centros Analíticos Chineses, convocado pelo Instituto de Estudos Financeiros Chongyang.
Quando a China e os EUA entram em confronto — seja uma guerra fria, quente, comercial ou tecnológica — tudo prejudica os interesses de ambos e dos demais países do mundo, disse o vice-ministro.
"A China e os EUA, como as duas maiores economias do mundo e membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, compartilham amplos interesses em salvaguardar a paz e a estabilidade para todo o mundo, contribuindo para o desenvolvimento e o bem-estar globais, e assumem uma responsabilidade especial para a conquista de tudo isso", as relações sino-americanas vão além dos quadros bilaterais e têm impacto nas fortunas de todo o mundo, disse o diplomata, afirmando que "todos estão observando o que a República Popular da China e os EUA fazem".
Definir a China como a maior ameaça política, criar grupos internacionais dirigidos contra a China ou usar medidas de contenção "como as usadas contra a ex-União Soviética" não levariam a nada, disse Xie Feng que também exortou os participantes do fórum "a fazer a lista de setores de desenvolvimento da cooperação entre os dois países, em vez de encurtá-la".
O Wall Street Journal, se referindo a fontes confiáveis, informou anteriormente que Xie Feng provavelmente vai ser nomeado embaixador da China nos Estados Unidos.
A posição da missão diplomática chinesa em Washington ficou vaga depois que o embaixador anterior, Qin Gang, foi nomeado ministro das Relações Exteriores da China em dezembro de 2022.