Em declaração a repórteres, Ardern afirmou que "chegou a hora" de deixar o cargo. As eleições gerais na Nova Zelândia estão marcadas para outubro deste ano.
"Após seis anos de grande desafios, sou um ser humano. Políticos são seres humanos. Para mim, chegou a hora [...]. Então, hoje, estou anunciando que não tentarei a reeleição e meu termo como primeira-ministra será concluído não antes de 7 de fevereiro", disse durante uma coletiva de imprensa.
Ardern afirmou ainda que o dirigir um país é o trabalho mais "privilegiado que qualquer pessoa pode ter", mas que é também um dos mais "desafiadores". Recentemente o país tem apoiado militarmente a Ucrânia e advogado pelo avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Pacífico para conter a influência da China.
"Você não pode e não deve fazer esse trabalho sem que esteja com um tanque cheio e ainda com um pouco de reserva para desafios inesperados", afirmou.
Líder do Partido Trabalhista da Nova Zelândia, Ardern, de 42 anos, assumiu o cargo de premiê em outubro de 2017. Anteriormente, a premiê liderou a oposição no país.
Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia, durante coletiva de imprensa no parlamento, em Wellington, em 19 de outubro de 2017
© AP Photo / Mark Mitchell
A premiê ganhou notoriedade internacional devido às medidas tomadas durante a pandemia da COVID-19. Ardern determinou restrições de entrada no país, além de normas internas de circulação e incentivo à testagem e à vacinação. Como resultado, a Nova Zelândia foi um dos países menos afetados pela pandemia em diversos momentos.