Em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (19) pelo jornal Handelsblatt, a empresa disse que está pronta para as novas entregas e que será capaz, também, de reparar os tanques Challenger 1 do Reino Unido.
A iniciativa, diz a publicação, deve ajudar a evitar a transferência dos tanques usados pelas Forças Armadas da Alemanha, a Bundeswehr. A entrega dos tanques da Bundeswehr é motivo de polêmica no país, que teme uma escalada do conflito.
Até agora a Alemanha se absteve de fornecer tanques Leopard 2 à Ucrânia, apesar da pressão de vários Estados da União Europeia sobre o chanceler alemão, Olaf Scholz.
No Parlamento germânico, o Bundestag, a questão sobre o fornecimento de tanques a Kiev também dividiu os congressistas nos últimos dias.
De acordo com relatos da mídia, Olaf Scholz estaria vinculando a entrega dos Leopard à disposição dos EUA de entregarem tanques Abrams. No entanto os Estados Unidos parecem relutantes ao envio.
Em dezembro, o chanceler alemão disse que Berlim não planeja transferir tanques para a Ucrânia, a fim de "evitar uma escalada no confronto com a Rússia".
Essa posição ficou ameaçada depois que Paris decidiu enviar veículos leves de combate blindados AMX-10 RC para a Ucrânia. Mesmo os aliados de Olaf Scholz querem o envio de veículos de combate mais modernos a Kiev.
No início da semana, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, disse que tem a esperança de que, após a reunião da aliança militar sobre o futuro do apoio à Ucrânia, marcada para amanhã (20), sejam tomadas decisões sobre o fornecimento de armas pesadas a Kiev.