Trata-se de um minilaser de cerca de oito quilos, capaz de analisar amostras de material planetário, com vista a detectar possível atividade biológica.
A ferramenta funciona com um laser ultravioleta, que faz pequenas incisões em amostras de materiais planetários, além de um dispositivo de análise, que pode fornecer informações de alta qualidade sobre a composição química das amostras observadas.
Este segundo componente do dispositivo é identificado como Orbitrap ("armadilha de íons em órbita") em inglês, para cujo desenvolvimento contribuíram cientistas russos.
Novo dispositivo com um laser pequeno pode ajudar a detectar sinais de vida em outros planetas
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Imagem: Lori Willhite e Ricardo Arévalo
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O autor da investigação, Ricardo Arévalo, explicou que o Orbitrap foi originalmente desenhado para fins comerciais, sendo atualmente usado em laboratórios farmacêuticos, além da indústria médica e na biologia.
"Levamos oito anos para fazer um protótipo que pudesse ser usado com eficiência no espaço, significativamente menor e com menos intensidade de recursos, mas ainda assim útil para a ciência da inovação", disse.
Além do formato pequeno do dispositivo consumir menos energia, suas condições físicas tornam menos suscetível à contaminação das amostras analisadas. "O lado positivo das fontes laser é que qualquer coisa que possa ser ionizada pode ser analisada. Esta ferramenta tem tal precisão na análise de massa e precisão que quaisquer estruturas moleculares ou químicas se tornam muito mais identificáveis", disse o cientista.
Arévalo acrescentou que este dispositivo pode contribuir para estudos geoquímicos e astrobiológicos de superfícies planetárias.