Atualmente, Danese ocupa o cargo de embaixador brasileiro no Peru, mas já foi secretário-geral das Relações Exteriores (2015-2016) e chefiou as Embaixadas do Brasil na Argélia (2005-2009), na Argentina (2016-2020) e na África do Sul (2021). Entretanto, sua designação ainda será submetida à apreciação do Senado, relata o UOL.
Sua passagem pela África do Sul durou menos de um ano – o que no meio diplomático é observado com certa rejeição – uma vez que no governo de Jair Bolsonaro, o ex-presidente tirou Danese de seu posto antecipadamente para tentar emplacar o bispo Marcelo Crivella como o representante brasileiro no país.
No entanto, o governo sul-africano não aceitou a troca e, por meses, o cargo ficou vago. Naquele momento, havia uma forte desconfiança, e até crise diplomática, envolvendo a presença de evangélicos brasileiros em diferentes países africanos.
Já na ONU, o cargo estava sendo ocupado por Ronaldo Costa, que teve como função adotar várias das políticas ditadas pela ala mais radical do governo anterior, diz a mídia. Mas o novo chefe da chancelaria, Mauro Vieira, sinalizou que era necessário ter uma pessoa de sua confiança nas Nações Unidas, assim como para outros postos considerados como estratégicos.
No começo de janeiro, tanto o embaixador do Brasil em Washington como a cônsul brasileiro em Nova York, vistos como simpáticos ao bolsonarismo, foram exonerados, assim como o embaixador em Tel Aviv.