Antes de ser nomeado ministro da Defesa, Boris Pistorius ocupava o cargo de ministro do Interior do governo da região da Baixa Saxônia, pasta que liderava desde 2013.
O ministro, nascido em Osnabruck, estudou direito em Osnabruck e Munster, e completou o serviço militar entre 1980 e 1981, quando se juntou ao Partido Social-Democrata alemão, aos 16 anos.
O novo chefe da Defesa alemã é viúvo e tem duas filhas com a esposa que faleceu em 2015 por câncer.
Pistorius, que defende a participação indireta da Alemanha no conflito na Ucrânia, declarou que sente "resignação e consideração com uma tarefa tão grandiosa".
De acordo com o novo ministro, o "Ministério da Defesa em tempos de paz tem grandes tarefas, e em tempos quando a Alemanha lida com uma guerra, a responsabilidade é ainda maior".
As forças armadas alemãs, ou Bundeswehr, sob o comando de Pistorius, devem se "adaptar às novas situações, ligadas ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia".
O alemão ainda afirmou que fortalecerá o Exército alemão para enfrentar os desafios futuros.
O desafio do novo ministro inclui a modernização do Bundeswehr há muito negligenciado por Berlim e a aquisição de muitas armas sofisticadas necessárias para se tornar um Exército totalmente funcional e pronto para o combate.
Em 2018, Pistorius foi um dos políticos a defender uma aproximação "amigável e crítica" com a Rússia.
Para ele, as sanções causaram sérios danos à economia alemã e fortaleceram a posição do presidente russo, Vladimir Putin.
"Nesta circunstância, deve ser um motivo para reavaliar as sanções. Se você não atinge seu objetivo, deve se perguntar se é correto usar estes instrumentos", afirmou Pistorius.
Pistorius, de 62 anos, uma figura importante do Partido Social-Democrata (SPD) de Scholz, é uma surpresa, já que seu nome não havia aparecido nas listas de possíveis candidatos especuladas pela mídia.
A ex-ministra da Defesa, Christine Lambrecht, decidiu renunciar ao cargo na segunda-feira (16), após várias críticas feitas à mensagem de Ano Novo que publicou nas redes sociais.
Na mensagem, a ministra surgiu com fogos de artifício, mencionando o conflito na Ucrânia e dizendo que foi uma grande oportunidade de ter "impressões e encontros com excelentes e interessantes pessoas".