Operação militar especial russa

Alemanha ainda não está pronta para fornecer tanques à Ucrânia, diz ministro da Defesa alemão

Nesta sexta-feira (20), o grupo de contato de apoio à Ucrânia se reuniu na base aérea norte-americana de Ramstein para discutir o fornecimento de armas mais pesadas a Kiev. Porém, a decisão alemã trouxe um dissabor para as expectativas ucranianas e da OTAN.
Sputnik
Segundo o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, os países do grupo de contato e seus aliados não chegaram a um consenso sobre o fornecimento de tanques alemães ao Estado ucraniano.
"Discutimos a possível entrega de tanques Leopard. Devo dizer que não há consenso sobre esta questão […], mas Berlim continuará considerando essa possibilidade", disse Pistorius, acrescentando que há "bons argumentos" tanto a favor quanto contra o fornecimento e que todos precisam ser "pesados com muito cuidado". "Não podemos dizer quando e qual decisão será tomada sobre os tanques Leopard", enfatizou.
O ministro alemão também informou que hoje (20) cedo marcou uma inspeção a este tipo de tanques para avaliar o cenário para uma decisão positiva sobre o abastecimento a Kiev, sublinhando ao mesmo tempo que a Alemanha tem obrigações de estar atenta ao seu próprio Exército e ao seu Estado.
Pistorius prometeu continuar as entregas de armas e equipamentos para a Ucrânia "de forma inalterada" e listou as próximas entregas de sistemas de defesa aérea Patriot e IRIS-T, veículos de combate de infantaria Marder e canhão antiaéreo autopropulsado Gepard, e também anunciou o treinamento de soldados ucranianos na manutenção dessas armas.
A resposta alemã vem depois que os Estados Unidos anunciaram ontem (19) que não vão enviar seus tanques Abrams para Kiev. Ao longo da semana, Berlim colocou o envio desses tanques norte-americanos como uma condição para que os alemães enviassem os seus Leopard.
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As decisões de duas das maiores potências da Organização do Tratado do Atlântico Norte indicam um grande revés aos planos ucranianos nas investidas contra a Rússia, e até mesmo para os planos da aliança, visto que seu líder, Jens Stoltenberg, declarou em Davos nesta semana que a organização militar tem como meta enviar armas mais modernas e pesadas para Kiev.
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